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ANÁLISE DO PRESENTE PARA DEFENDER UM FUTURO JUSTO, DEMOCRÁTICO E INCLUSIVO

O período de final de ano sempre nos convida a pensar sobre as escolhas que fizemos e os caminhos a que nos levaram. Essa reflexão costuma se apresentar como perguntas: alcançamos nossos objetivos? O que faltou? As respostas a essas questões traçam um balanço da jornada e nos orientam para a vida que segue.

É assim na esfera pessoal, mas também na coletividade. Aqui entra a política, a dimensão em que as decisões que tomamos juntos impactam diretamente a vida das pessoas, o funcionamento das instituições e o cuidado com a Terra. Ao longo da minha trajetória na ciência e tecnologia, na saúde, na educação e na universidade pública, aprendi que políticas públicas bem orientadas não são abstrações: elas se traduzem em comida no prato, acesso a serviços, oportunidades e dignidade.

Com esse olhar, constato que nós – baianas, baianos, brasileiras e brasileiros – temos feito escolhas importantes nos últimos anos. Na Bahia e no País, criamos as condições para a construção de um projeto de estado e de nação comprometido com inclusão social, redução das desigualdades e fortalecimento do serviço público.

Alinhado com o presidente Lula, que em 2025 retirou o Brasil do Mapa da Fome, o governador Jerônimo Rodrigues conduziu políticas que reduziram a insegurança alimentar na Bahia ao menor nível em 20 anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mesmo período, Bahia e Brasil alcançaram as menores taxas de desemprego desde o início da série histórica, em 2012. Esses números não são frios: representam famílias com mais estabilidade, crianças bem alimentadas e jovens com perspectivas reais de futuro.

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Após o hiato entre 2019 e 2022, o salário mínimo voltou a crescer acima da inflação, recuperando o poder de compra dos trabalhadores. As projeções indicam ainda que, mantida a atual trajetória, o terceiro mandato do presidente Lula poderá registrar uma das menores inflações acumuladas desde o início do Plano Real, reforçando a importância da estabilidade econômica aliada à proteção social.

Outro avanço estruturante foi a reforma tributária. A partir de janeiro de 2026, cerca de 10 milhões de brasileiros que ganham até R$ 5 mil por mês deixarão de pagar Imposto de Renda, enquanto outros cinco milhões terão redução do tributo. Em contrapartida, aproximadamente 140 mil pessoas com rendimentos anuais elevados passarão a contribuir um pouco mais. Trata-se de um passo concreto em direção à justiça tributária em um país historicamente marcado por profundas desigualdades.

Reconhecer os avanços, no entanto, não significa ignorar os desafios. Um dos mais urgentes é a emancipação plena das mulheres, que inclui várias camadas, desde autonomia econômica, participação em espaços de poder, até a garantia da vida, entre outras. Como professora, médica e sanitarista, sei que a violência de gênero não é apenas um problema de segurança pública, mas também de saúde, de educação e de direitos humanos. É fundamental garantir efetividade ao sistema nacional de proteção e acolhimento, assegurando que nenhuma mulher fique sozinha diante da violência e que a sociedade seja intransigente sobre homens que agridem mulheres.

O ano que se avizinha também nos convoca a avançar na conquista de direitos reivindicados, como a tarifa zero no transporte público e o fim da escala 6×1 na jornada de trabalho. São pautas amadurecidas no seio dos movimentos sociais e que dialogam diretamente com a qualidade de vida de quem depende do transporte coletivo e do trabalho para viver.

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Com a esperança que nasce da experiência e da luta coletiva, peço a Deus que abra os caminhos do nosso povo e nos dê força para seguir construindo um novo ano de compromisso, coragem e conquistas. Assim colheremos prosperidade!

Adélia Pinheiro é médica, professora e servidora pública.

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