back to top
InícioHOSPITAL MATERNO-INFANTIL DR. JOAQUIM SAMPAIOHospital Materno-Infantil é referência no atendimento aos Tupinambás em Ilhéus
spot_img
spot_img
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
spot_img
spot_imgspot_imgspot_img

Hospital Materno-Infantil é referência no atendimento aos Tupinambás em Ilhéus

O relógio marcava 2h37min da madrugada de hoje (07) quando, no Centro de Parto Normal (CPN) do Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio, em Ilhéus, nascia Maria “Yarin”. Ela é a segunda filha de Yuri e Luciele, indígenas da etnia Tupinambá, moradores da Aldeia Tukun, em Olivença. “Yarin”, cujo significado é a “Boa Samaritana”, chegou cheia de simbolismo: hoje é o Dia Nacional de Luta dos Povos Indígenas, fato que, para o pai Yuri, merece uma comemoração pra lá de especial por toda a aldeia.

No Dia Nacional de Luta dos Povos Indígenas nasce“Yarin”, mais uma tupinambá no Hospital Materno-Infantil

“Vou informar a todos os parentes sobre a importância deste momento para minha família. Vivemos um marco histórico de lutas, vindas já de muitos séculos, e o nascimento de minha filha, mais uma representante da etnia Tupinambá, significa a preservação de um povo que merece conquistar mais respeito e ocupar melhor o seu espaço”, afirma.

Luciele é filha de um casal de indígenas. A mãe de Yuri também é da etnia. Os dois já têm um filho e vivem aldeiados na comunidade Tukun. Foi lá, durante a madrugada, que Luciele sentiu fortes contrações e foi trazida para a Emergência Obstétrica do HMIJS. Poucos minutos depois Maria “Yarin” nascia, no quarto 1 do CPN, pesando 3,500 Kg e medindo 51 cm.

Atenção Especializada

O Hospital Materno-Infantil – construído pelo Governo do Estado e administrado pela Fundação Estatal Saúde da Família (FESF SUS) – é o primeiro da Bahia a apresentar ao Ministério da Saúde um Plano de Atenção Especializada aos Povos Originários (IAE-PI) – que o tornará, em breve, a primeira unidade do estado como modelo de atendimento aos Povos Originários. A iniciativa se encontra em tramitação final, em Brasília.

Veja Também  Cartão do ticket alimentação para servidores pode ser retirada no setor de RH da Prefeitura de Ilhéus

Logo que ocorra a aprovação, o Hospital Materno-Infantil colocará em prática as diretrizes gerais que norteiam o programa, que vão desde a melhoria no acesso das populações indígenas ao serviço especializado; adequação da ambiência de acordo com as especificidades culturais; e ajuste de dietas hospitalares considerando os hábitos alimentares de cada etnia. A iniciativa conta ainda com o acolhimento e humanização das práticas e processos de trabalho dos profissionais em relação aos indígenas e demais usuários do SUS, considerando a vulnerabilidade sociocultural e epidemiológica de alguns grupos.

Representação

O Brasil tem quase 1,7 milhão de indígenas, segundo os dados divulgados pelo IBGE. Com 229.103, a Bahia conta com a segunda maior população indígena no país, o que representa 1,62% dos habitantes do estado. No ranking das 50 cidades do Brasil com maior comunidade do grupo étnico, a Bahia ainda conta com Porto Seguro, em 14°, e Ilhéus, 21°, com cerca de 12 mil indígenas. Os Tupinambá estão situados em uma área de 47 mil quilômetros quadrados entre os municípios de Ilhéus, Buerarema e Una, no Território Litoral Sul da Bahia. São 23 aldeias tradicionais e pelo menos 90 por cento desta área ficam localizados no município de Ilhéus. De uma população aldeiada de 6.382 pessoas, aproximadamente 3.800 são mulheres.

O Hospital Materno-Infantil Dr. Joaquim Sampaio é a primeira maternidade 100 por cento SUS da região sul do Estado. Foi inaugurada em dezembro de 2021. Possui 105 leitos para obstetrícia, partos normal e de alto risco, pediatria clínica, UTIs pediátrica e Neonatal. Já ultrapassou a marca de seis mil bebês nascidos na unidade em pouco mais de dois anos de funcionamento.

Veja Também  Grupo Amigos do Coração Realiza Ação de Saúde Gratuita em Ilhéus

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

POST SEMELHANTES

aconteceu

MAIS VISTOS