Em entrevista ao programa O Tabuleiro, da Rádio Gabriela FM, nesta segunda-feira (3), Felipe Madureira, gerente da Embasa Ilhéus, esclareceu a origem do esgoto despejado na praia do Malhado. Segundo ele, o problema tem raízes em um canal de macrodrenagem que nasce no bairro da Conquista e corta o Malhado, passando pela feira e pelo Colégio Estadual, até desaguar no mar. Madureira destacou que a manutenção do canal é de responsabilidade da prefeitura, mas que a Embasa tem trabalhado em conjunto com o governo do estado para mitigar os impactos ambientais.
O gerente explicou que o canal, que antigamente era um rio, recebe ligações clandestinas de esgoto provenientes de bairros como Alto do Amparo, Soledade, Gamboa e Alto do Coqueiro. Apesar de toda a região já contar com rede de esgoto sanitário, muitas residências estão conectadas de forma irregular à rede de drenagem pluvial, o que agrava o problema. Para minimizar os danos, a Embasa instalou uma barragem de captação de esgoto em tempo seco, direcionando os resíduos para tratamento na estação do Banco da Vitória, próximo ao Hospital Costa do Cacau.
Madureira ressaltou a importância de uma parceria entre Embasa e prefeitura para fiscalizar e corrigir as ligações clandestinas. “Cabe à prefeitura fiscalizar quem está conectado à rede de drenagem. Esse é um trabalho que queremos fazer em conjunto, imóvel por imóvel”, afirmou. Ele também destacou que a Embasa já realiza fiscalizações de rotina e notifica os órgãos ambientais sobre imóveis irregulares, aplicando as sanções previstas na legislação. A colaboração entre as instituições é vista como a solução definitiva para o problema.
