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Capacitação em Ilhéus reúne profissionais de saúde para enfrentamento da sífilis congênita

O objetivo é orientar os profissionais para a realização do pré-natal de forma integral e qualificada

Diante do aumento dos casos de sífilis congênita no município de Ilhéus, profissionais da Atenção Básica participaram de uma capacitação com foco na prevenção, diagnóstico e tratamento da doença, que pode ser evitada com ações efetivas no pré-natal. O encontro reuniu enfermeiros da rede municipal e contou com palestras de especialistas da área de saúde, com o objetivo de reforçar a importância da abordagem integral à gestante e ao parceiro durante o acompanhamento pré-natal.

A enfermeira Fernanda Franco, da Atenção Básica, explicou que a capacitação busca orientar os profissionais para a realização do pré-natal de forma completa, incluindo o tratamento dos parceiros das gestantes. “Com o aumento dos índices de sífilis congênita, a gente percebeu a necessidade de discutir o que é o pré-natal, o papel do enfermeiro nesse processo, e a importância do tratamento não só da gestante, mas também do parceiro. Isso é fundamental para evitar a transmissão da sífilis para o bebê”, destacou.

O evento contou com a participação de professoras da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), que contribuíram com conhecimentos técnicos e atualizados sobre a infecção e suas consequências. A professora doutora Dejane de Oliveira Silva destacou que a sífilis é uma doença que tem cura e pode ser prevenida com acompanhamento adequado. “Durante o pré-natal, conseguimos detectar, tratar e curar a mulher. Por isso, é essencial discutir esse tema e qualificar os profissionais para garantir esse cuidado”, afirmou.

A pediatra Valéria Inácio, também palestrante no evento, chamou atenção para os impactos da doença na infância. “A sífilis congênita é uma tragédia que ainda enfrentamos. A atenção básica tem um papel central na prevenção. É inadmissível que, em pleno século XXI, crianças ainda nasçam com uma infecção que pode ser evitada com o tratamento correto”, disse.

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A professora doutora Emanuela Gomes Maia, também da UESC, ressaltou os avanços no município em relação à detecção da sífilis, mas reconheceu que ainda há desafios. “Temos melhorado, mas precisamos avançar no diagnóstico precoce, principalmente no primeiro trimestre da gestação. Muitas vezes a doença só é identificada no parto, o que compromete a eficácia do tratamento e aumenta os riscos de transmissão vertical”, explicou.

A capacitação é parte das estratégias adotadas pela Prefeitura de Ilhéus por meio da Secretaria Municipal de Saúde para qualificar a assistência às gestantes e reduzir os índices de sífilis congênita no município, reforçando o compromisso com a saúde materno-infantil e a prevenção de agravos evitáveis.

Por: Cátia Gomes / Ascom SESAU

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