No coração de Ilhéus, no distrito de Banco do Pedro, uma iniciativa histórica está mudando o rumo da cultura cacaueira no Brasil: o Instituto Biofábrica da Bahia (IBB). Com 40 mil metros quadrados de viveiros a céu aberto e uma estrutura moderna de propagação vegetal, a unidade se tornou o maior centro de multiplicação de mudas de cacau do mundo. Essa revolução agrícola atende principalmente à agricultura familiar, promovendo sustentabilidade, geração de renda e capacitação técnica no campo. O espaço, que já pertenceu a um coronel do cacau, hoje abriga pesquisas de ponta e um dos mais avançados laboratórios de micropropagação do Brasil.


O Instituto já ultrapassou os limites do cacau: distribui também mudas de mandioca, abacaxi, orquídeas e espécies florestais, além do inovador Kit SAF (Sistemas Agroflorestais), que promove a recomposição florestal e a segurança alimentar. Além disso, mais de 100 empregos formais foram gerados, com forte presença feminina. O IBB tornou-se um símbolo de transformação para cerca de 200 famílias locais, impulsionando a economia regional e combatendo o êxodo rural ao oferecer novas oportunidades às futuras gerações.


A biofábrica baiana é hoje uma referência mundial de tecnologia, inclusão social e preservação ambiental. Além de abastecer quintais produtivos com mudas de cacau resistentes a doenças e mudanças climáticas, o projeto resgata o protagonismo do pequeno produtor e contribui para o fortalecimento da cultura local. A Bahia, com esse feito histórico, assume seu lugar no topo da produção cacaueira global, com um modelo sustentável que pode inspirar o mundo.