Os diretores das escolas municipais de Ilhéus fizeram uma solicitação formal para o adiamento do início do ano letivo, previsto para o dia 24 de fevereiro, devido à ausência de edital para a seleção de novos trabalhadores. A reivindicação, que foi formalizada por meio de um documento, aponta que a falta de professores, porteiros e funcionários de serviços gerais comprometerá o funcionamento adequado das unidades escolares. De acordo com os gestores, muitas escolas, principalmente as da zona rural, não possuem condições nem equipe suficiente para começar o ano letivo de maneira organizada. Um dos diretores relatou que, em sua instituição, apenas cinco turmas poderão iniciar as atividades, deixando outras 41 turmas sem aulas.

Além disso, a preocupação com a merenda escolar também foi destacada no documento, pois os diretores acreditam que a alimentação dos alunos dificilmente estará disponível a tempo. A falta de uma equipe completa durante a jornada pedagógica, iniciada em 17 de fevereiro, também dificulta o planejamento do ano letivo. Embora a secretária municipal de Educação, Evani Cavalcante, tenha se reunido com os gestores, ela manteve as datas já estabelecidas para a jornada e para o início das aulas, sem atender à solicitação de adiamento. Isso gerou ainda mais frustração entre os diretores, que preveem um ano letivo desorganizado, com diversas turmas sem aulas e escolas sem o quadro completo de funcionários.
A situação, que poderia ser evitada com uma maior organização da secretaria, levanta questões sérias sobre a gestão escolar no município de Ilhéus. Os diretores acreditam que, sem uma resposta rápida e eficaz da administração pública, a educação municipal enfrentará um ano letivo marcado pela falta de estrutura, comprometendo o aprendizado de milhares de alunos. A decisão de manter o início das aulas sem as condições mínimas para seu funcionamento adequado é vista como um desrespeito com a comunidade escolar e prejudica, principalmente, os estudantes.