O obstetra Luís Leite, de Itabuna- Ba, foi preso novamente no dia 24 de outubro, após uma decisão judicial que o levou ao Conjunto Penal da cidade. O médico, acusado de cometer injúria racial contra uma auditora da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), recebeu habeas corpus nesta segunda-feira (4) e, conforme informado pela sua advogada, será libertado na terça-feira (5). O caso ganhou repercussão devido à gravidade das acusações, que envolvem uma fala considerada racista contra uma mulher negra.
De acordo com a denúncia, o obstetra fez um comentário impróprio durante uma auditoria na Maternidade Otaciana Pinto em fevereiro deste ano. A auditora relatou que, ao ser abordada pelo médico, ele elogiou sua aparência dizendo que ela possuía uma “pele bonita” por ter “sangue branco”. A delegada responsável pelo caso, Lisdeili Nobre, afirmou que o comentário foi claramente racista e deixou a auditora desconfortável. O médico nega as acusações, alegando que se tratou de um elogio a uma colega de trabalho, e que o comentário não foi direcionado à vítima.
O processo segue em andamento e, com a decisão favorável ao habeas corpus, Luís Leite poderá recorrer em liberdade. No entanto, a dúvida sobre a veracidade das acusações continua a dividir opiniões. A defesa do médico insiste na inexistência de crime, enquanto as autoridades continuam a apurar os detalhes da denúncia.