O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial do Estado da Bahia (Sintepav-BA) fez uma grave denúncia esta semana sobre as condições de trabalho na obra da ferrovia em Uruçuca, realizada pela PRUMO, subcontratada da BAMIN. A situação foi exacerbada pelo caso de Rodrigo Lima, demitido após não utilizar o cinto de segurança durante o trajeto para o local de trabalho. Segundo o sindicato, as práticas de gestão têm gerado um ambiente de insegurança e sobrecarga emocional, principalmente para os trabalhadores terceirizados.
O Sintepav-BA aponta que a rígida “Regra de Ouro” da BAMIN impõe cobranças excessivas e ameaças constantes de demissão, o que prejudica a saúde mental dos funcionários. Lima, que se encontrava sob intensa pressão, solicitou uma advertência em vez da demissão, mas sua pedido foi ignorado. Esta negligência agravou sua vulnerabilidade, culminando em um grave acidente de trânsito um dia após sua demissão, que o sindicato associa ao estresse emocional causado pela situação de trabalho.
Diante desse cenário, o Sintepav-BA decidiu acionar o Ministério Público do Trabalho e a Superintendência do Trabalho para investigar as denúncias e responsabilizar as empresas envolvidas. A entidade enfatiza que o caso revela não apenas a precariedade das relações trabalhistas, mas também os riscos associados à pressão psicológica enfrentada pelos trabalhadores. O site Ilhéus 24h oferece espaço para que PRUMO e BAMIN apresentem suas versões sobre os acontecimentos.