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Artista de Jequié fala sobre papel da cultura na preservação dos direitos indígenas

Gleice Ferreira, uma proeminente figura no coletivo Mulherio das Letras Indígenas, é uma voz poderosa na luta pela preservação dos direitos indígenas. Em 2023, ela foi co-recipiente de um Jabuti, o principal prêmio da literatura brasileira, juntamente com outras escritoras indígenas. Originária de Jequié (BA), Ferreira é escritora, professora, atriz, operadora de luz e poeta.


Quando questionada sobre o papel da arte e da cultura na luta dos povos indígenas contra o Marco Temporal, Gleice Ferreira responde: “O papel da cultura e da arte é tentar preservar e ampliar ao máximo o conhecimento de cada corpo território. Difundir a cultura plural indígena por meio das redes sociais têm alcançado mais visibilidade à luta, à causa”. Gleice também aborda as dificuldades que enfrenta como artista mulher e indígena. “São muitas as dificuldades que eu já enfrentei e sigo enfrentando todos os dias, principalmente pelo fato de ser mulher. O assédio é grande, chega a me desanimar.”

Na questão se artistas indígenas estão ganhando mais espaço no cenário artístico brasileiro, Gleice afirma que “temos ainda muito presos no folclore ou no mito do fundador, colonizador. Quando artistas indígenas se apresentam em festivais muitas vezes é por um cachê irrisório e não normalizam a nossa presença nesses lugares de fala e representatividade.”A inclusão de um texto de Ferreira no livro “Mulherio das Letras Indígenas”, organizado por Eva Potiguara e vencedor do Prêmio Jabuti 2023 na categoria fomento à leitura, é um marco significativo. “É uma conquista que não tem como mensurar o tamanho, porque são mulheres indígenas de todo o Brasil, são vozes por anos silenciadas que estão colocando para o mundo as suas dores,” reflete Ferreira.

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Ao ser questionada sobre seu recente evento ‘(Re) Conhece os Seus Originários’ realizado em Jequié ela destaca a relevância seu mais novo projeto; ” que resgata a identidade indígena da população de Jequié que foi e é apagada durante séculos. Ainda será lançada em julho a websérie. Estamos no processo de edição desse trabalho, que eu chamo de missão. Será lançada em primeira mão para convidados e estudantes das escolas públicas de Jequié e adjacências, pois é digno e necessário. Eu sou parte, pois pertenço a este lugar.”

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