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Ilhéus realiza estratégia para identificação da Febre Oropouche

Ilhéus se tornou um destaque no combate à Febre Oropouche após implementar uma estratégia, junto do governo do estado, para identificar e tratar casos da doença. A ação coordenada pela Vigilância Epidemiológica do município revelou até o momento 107 casos confirmados da arbovirose, um número significativo para a região.

A Febre Oropouche, transmitida pelo mosquito-pólvora (maruim), apresenta sintomas semelhantes aos da dengue, como dor de cabeça, muscular e nas articulações, náuseas e diarreia. Dada a semelhança dos sintomas, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), por meio da equipe de Vigilância Epidemiológica, adotou como estratégia, encaminhar os exames de sorologia coletados na UPA da Av. Esperança, para teste de dengue, ao LACEN (Laboratório Central de Saúde Pública), em Salvador, com o diferencial de verificar também a presença do vírus Oropouche.

A estratégia também tem envolvido o monitoramento contínuo, bem como a educação da população sobre a importância do manejo adequado dos resíduos e do descarte correto do lixo, fatores que garantem a prevenção da proliferação do mosquito-pólvora. Além disso, as equipes de endemia estão recebendo capacitação para atualizar-se sobre a doença e, no dia 31 de julho, acontecerá a capacitação de toda a rede de saúde. As capacitações seguem as diretrizes do governo do estado e com isso, todos profissionais da Sesau estarão preparados para garantir o melhor atendimento à população de Ilhéus.

O município, ao detectar os primeiros casos positivos no distrito do Retiro, tomou a frente na investigação e diagnóstico da doença. Isso possibilitou um controle mais eficaz e o desenvolvimento de uma programação específica para atender os pacientes diagnosticados, além de preparar as equipes de saúde para o manejo adequado da doença.

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Ilhéus continua a ser proativo na luta contra a Febre Oropouche, realizando capacitações e promovendo campanhas de conscientização para garantir que tanto os profissionais de saúde quanto a população estejam bem informados e preparados. A colaboração da comunidade é fundamental para o sucesso dessas ações, reforçando a importância de manter ambientes limpos e adotar práticas de descarte de lixo corretas para minimizar o risco de transmissão da arbovirose.


A Febre Oropouche é causada pelo vírus Oropouche (OROV), pertencente à família Peribunyaviridae e ao gênero Orthobunyavirus. Este vírus foi isolado pela primeira vez em 1955, no sangue de um paciente febril e em um grupo de mosquitos Coquillettidia venezuelensis, em Trinidad e Tobago. No Brasil, foi isolado pela primeira vez em 1960, no sangue de uma preguiça. Assim como outras arboviroses, como a dengue, a Febre Oropouche é transmitida por um vetor; no caso, o mosquito-pólvora (maruim). Quando o mosquito pica uma pessoa ou animal infectado, o vírus é transmitido, podendo infectar outras pessoas saudáveis através da picada do mosquito infectado.

Os sintomas da Febre Oropouche são semelhantes aos da dengue e da chikungunya, incluindo dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, náuseas e diarreia. Devido à semelhança dos sintomas, é necessário que a doença seja confirmada por meio de testes laboratoriais específicos. Com isso, é muito importante que, em caso de sintomas suspeitos, o paciente procure ajuda médica imediatamente e informe sobre sua exposição potencial à doença. Para isso, basta procurar ajuda em uma unidade de saúde próxima de sua casa ou na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), na Avenida Esperança, Zona Norte de Ilhéus.

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