Artistas e fazedores de cultura de Ilhéus vieram a público através de redes sociais parar denunciar irregularidades nos processos da Lei Paulo Gustavo (edital nº 03/2023). Esta lei, destinada a ser um farol de esperança para os artistas locais em meio aos desafios da pandemia, transformou-se em uma fonte de frustração e incerteza. Editais culturais lançados pela Prefeitura Municipal de Ilhéus prometiam impulsionar a cena artística local, mas, segundo os denunciantes, tornaram-se uma fonte de atrasos e possíveis fraudes.
Com quatro editais lançados, incluindo premiações e projetos variados, a expectativa era de que os pagamentos aos artistas habilitados fossem efetuados até o final de abril, já que os projetos devem ser executados até dezembro de 2024. No entanto, o cronograma previamente estabelecido teria sido descumprido sem explicações plausíveis. Um investimento total de R$ 3,862 bilhões por parte do governo federal, destinado ao setor cultural, parece não ter sido devidamente canalizado para os artistas de Ilhéus, onde um montante significativo de R$ 1,4 milhão está em disputa.
Os artistas denunciam também supostas fraudes nos projetos do edital 03, destinado aos projetos audiovisuais, o qual concentra os maiores recursos. Enquanto isso, os artistas e produtores culturais contemplados pela Lei Paulo Gustavo aguardam ansiosamente pelo repasse dos valores prometidos pela Prefeitura de Ilhéus. Em meio ao impasse, projetos estão parados e sonhos adiados.
Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, artistas ilheenses expressam sua indignação e preocupação com a situação. “Até então, os artistas estão sendo prejudicados e até tiveram, por enquanto, seus projetos cancelados por denúncia de fraude de alguns participantes do edital”, afirma um dos artistas. “qual o sentido de impedir que todos os projetos sejam realizados por conta de denuncias que aconteceram em apenas um deles, que interesses estão segurando o recurso dos fazedores e fazedoras de cultura de ilhéus” completa outro artista. A ausência de atividades culturais voltadas para a população ilheense levanta questões sobre o compromisso da cidade em ser uma referência cultural na Bahia e no Brasil.
Assista o vídeo na íntegra :
Conheço um beneficiário da lei paulo gustavo que foi obrigado a assinar que recebeu 5000,00 no dia 1 de abril e até hoje 27 de junho Não recebeu. Por onde anda esse recibo?